Alternativas de atividade física no período de distanciamento social

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O aporte nutricional aumentou e a atividade física diminuiu. Socorro! E agora? Esta é a pergunta de muita gente que está respeitando as orientações de ficar em casa durante a pandemia. Mas, mais do que boa forma, os que querem manter a saúde em dia devem fazer o que? O educador físico José Luís Brambilla aponta várias possibilidades. “Tem vários exercícios para fazer em casa. As atividades em forma de circuitos, com objetivo de emagrecimento, como o método Tabata (2, 4, 6 ou 8 exercícios diferentes, com 20 segundos de execução e 10 segundos de pausa, durante cerca de quatro), usei muito no início da pandemia com meus alunos, variando grupos musculares ou focando em apenas uma região específica, como pernas ou abdômen”, ressaltou.
Para quem não curte circuitos, Brambilla sugere exercícios calistênicos. “O método utiliza o peso do próprio corpo para exercícios de força ou movimentos acrobáticos. Este tipo de exercício é recomendado para quem já está avançado, pois o nível de dificuldade é altíssimo. Para quem quer iniciar em calistenia, recomenda-se começar com exercícios básicos como flexão de braço, agachamentos, alongamentos e mobilidade articular”, diz.
Os exercícios pliométricos, que consistem em encurtar e alongar a musculatura para que se tenha uma máxima utilização dos músculos, executando movimentos rápidos e de explosão, também são indicados pelo profissional. “Neste método se usam muitos saltos. A utilização do músculo é parecida com o comportamento de uma mola, contraindo e liberando a força acumulada”, explicou, completando que estes são alguns exemplos de métodos de treino que podem ser feitos em casa, sem a utilização de nenhum equipamento. “São exercícios para quem já possui alguma experiência com atividade física e devem ser orientados por profissionais competentes. Nenhum deles é recomendado para sedentários ou grupo de risco, como obesos, diabéticos ou cardíacos”, alertou.
Já para quem quer iniciar uma atividade física durante a pandemia, o educador físico indica cuidado com a imunidade. “Temos três estágios da imunidade. Normal, quando estamos com nosso corpo em estado natural de repouso, sem colocá-lo em nenhuma situação de estresse. Nessa condição nosso corpo tem total condição de combater os vírus e bactérias que possam atacá-lo. Aumentada, tratando-se de exercício, quanto mais intenso o exercício mais nossa imunidade sobe (durante a atividade), e mais resistente ela fica nesse período, levando algumas horas para retornar ao seu estado natural de repouso. Às vezes, este efeito dura 24 horas. Diminuída: aqui mora o perigo do excesso de atividade para quem não está habituado a fazer exercícios. Quando fazemos exercício de forma vigorosa, elevando nossa imunidade às alturas, a queda também pode ser grande pra quem não está acostumado com atividade física, deixando a imunidade abaixo da linha considerada normal, podendo levar até 72 horas para recuperar-se. Este período é chamado de imunossupressão, quando nosso corpo está mais propenso ao ataque de vírus e bactérias, pois nossas células de defesa não terão forças para contra-atacar”, informou Brambilla.
A educadora física Milena Lorenzon apontou como alternativa para não ficar sem atividade física durante a pandemia, contratar um profissional. “Para não ficar sedentária, recomendaria um personal trainer que trabalhe com uma pessoa por vez ou consultorias online com profissionais especializados. E para não ganhar peso, controlar a alimentação”, sugeriu.

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