Como amenizar os efeitos da baixa umidade do ar

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No inverno, é comum a umidade relativa do ar nas grandes cidades cair até abaixo dos 30%, o que, no entanto, é preocupante, uma vez que se sabe que o ideal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que ela varie entre 50% e 80%. É por isso que, quando os níveis estão entre 20% e 30%, as regiões entram em estado de atenção. Este problema promete estar com os dias contados, face à possibilidade de chuvas irregulares que já foram anunciadas na última edição do O Combate, pelo meteorologista Celso Oliveira. No entanto, Celso informou que as chuvas só ficaram regulares em meados de outubro. Diante deste quadro, não há alternativa: tem que redobrar os cuidados com a hidratação, principalmente de crianças e idosos.
A umidade relativa do ar é a quantidade de vapor d’água contido na atmosfera em relação à quantidade máxima que poderia suportar nessa mesma temperatura (ponto de saturação). Os meteorologistas se preocupam com a umidade do ar porque ela representa uma variável meteorológica que pode afetar o organismo de todos os seres vivos. A baixa umidade do ar provoca desconforto quase imediato, com ressecamento das mucosas e risco de infecções. Baixa umidade do ar deixa também o sangue mais denso por causa da desidratação e favorece o aparecimento de problemas oculares e alergias. Mesmo quando a temperatura sobe, o ar seco faz seus estragos, pois acelera a absorção do suor pelo ambiente e resseca a pele.
Algumas precauções, no entanto, podem preservar nossa saúde e melhorar a qualidade de vida especialmente nos períodos em que a umidade do ar está baixa. O Dr. Marcos Guilherme Malago, médico de Família, sugere algumas ações que podem ajudar a evitar o desconforto da umidade baixa. “Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz. Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes”, alerta.
Ele aconselha também a aplicar soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento; evitar a prática de exercícios físicos entre 10h e 16 h; usar produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar; colocar chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol; aproveitar o vapor produzido pela água quente durante o banho para lubrificar as narinas; e colocar toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos aposentos, principalmente nos quartos de dormir.
“Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções oportunistas das vias aéreas. Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes. Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Se não for possível utilizar aspiradores, utilize panos úmidos. Ligue os ventiladores de teto para cima. Ligados para baixo, levantam a poeira que se mistura no ar que você vai respirar. Deixe o carro em casa, sempre que possível, e caminhe se a distância for curta. E também não queime lixo nem provoque queimadas por descuido ou desatenção”, completou o médico, citando ações que podem ajudar a evitar que as pessoas caiam nas ciladas do tempo seco.

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