Dia Nacional da Doação de Órgão

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Órgãos de um paciente que acabou de falecer podem virar o marco de uma nova vida para outro. É em busca de maior conscientização e aceitação dos familiares que o Brasil comemorou ontem o Dia Nacional da Doação de Órgão.
Embora o processo para a doação no Brasil tenha apresentado evoluções importantes como sua desburocratização, o último levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) aponta que a quantidade de procedimentos no Brasil apresentou números bem próximos no primeiro semestre de 2018 quando comparado ao mesmo período de 2017, um crescimento de apenas 1,7%. Os números são insuficientes para reduzir a fila de espera: mais de 32 mil pessoas aguardam por algum tipo de transplante.
“Para que um órgão seja aceito em um corpo diferente, precisamos levar em conta não só a classificação sanguínea, mas o tamanho e a capacidade de desenvolver suas funções, pois em casos de mortes por infecção, por exemplo, o transplante pode ser descartado”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Dr. Clóvis Klock, para os leitores do O Combate. A equipe médica, além desses especialistas, também é responsável por encontrar um destino com critérios de proximidade, considerando o tempo útil do órgão fora do corpo, gravidade do paciente e o tempo na lista de espera. “Quando há um alerta de possibilidade de doação, tudo tem que acontecer com muita rapidez, partindo da conversa com os familiares, passando pela busca por um paciente compatível. Todo o processo deve acontecer respeitando o tempo limite de sobrevida de um órgão, que pode variar. Um coração pode ficar parado por até 4 horas, já um fígado resiste até 12 horas fora de um corpo e um rim aguenta 36 horas sem circulação sanguínea”, comenta o Dr. Klock.

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