Mulheres em situação de risco terão local para ficar

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A Prefeitura de Jaboticabal se prepara para atender mulheres em situação de violência – seja física ou moral. A Casa de Passagem que está sendo criada irá acolher usuárias que correm risco de morte ou ameaças em razão da violência doméstica e familiar, situação de rua ou condição de vulnerabilidade social. O local receberá até 20 mulheres e começa a funcionar em janeiro. “É mais um grande avanço para Jaboticabal, que sempre acolheu com carinho outros públicos. Temos instituições excepcionais, como a APAS, Olhos da Alma, Vila Vicentina e Lar do Caminho. Agora precisamos de uma instituição interessada em cuidar com todo o amor e respeito que as mulheres merecem”, diz o prefeito José Carlos Hori. “O enfrentamento da violência contra a mulher deve receber atenção do poder público. E em Jaboticabal terá”, completa. O Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade – Acolhimento Institucional, na modalidade Casa de Passagem, visa atender mulheres adultas, acompanhadas ou não de filhos menores de 18 anos. “A delegada titular da delegacia de Defesa da Mulher, Dra Andrea Fogaça Nogueira, teve um papel decisivo para a implantação desta nova política pública. Vamos unir forças da Polícia e da Prefeitura para proteger as nossas mulheres”, informa o prefeito. A Casa do Menor já manifestou interesse em mudar a modalidade de atendimento para receber mulheres vitimizadas. “A Casa do Menor foi fantástica para a época. Tenho orgulho imenso do trabalho que desenvolvemos nas últimas décadas, mas a sociedade mudou. Hoje a cidade tem outras duas instituições que atendem crianças – Recanto Menina e Lar do Caminho – e a Casa do Menor atende apenas três adolescentes, enquanto a sociedade tem uma demanda crescente de mulheres que precisam do nosso amparo”, disse Hori. A Dra. Andréa lembra que o projeto não se trata de um abrigo permanente para colocar mulheres em situação de violência e vulneráveis, mas sim de uma Casa de Passagem. A delegada, enquanto foi vereadora, pleiteou um local deste tipo para proteger as mulheres em situação de risco e está muito satisfeita que agora este projeto seja viabilizado. Segundo ela, quando as estatísticas se referem à violência contra a mulher em Jaboticabal, em média são registradas cerca de 100 ocorrências mensais na Delegacia de Defesa da Mulher, a DDM, sendo que mais ou menos 60% são de violência doméstica. A delegada ainda não sabe informar como será feita a vigilância do local, uma vez que as tratativas para definir os detalhes estão iniciando-se agora.

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