Não só no Setembro Amarelo, mas em todos os meses do ano fique de olho nela

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Neste mês em que se dobram as atenções sobre depressão e suicídio (Setembro Amarelo) o assunto está em pauta na mídia, nas escolas, nas ruas. Mas durante o ano inteiro ele não pode ser negligenciado. Isto porque provavelmente você já conhece ou ouviu falar sobre alguém que enfrentou a depressão, uma vez que em todo o mundo, aproximadamente 121 milhões de pessoas sofrem dessa enfermidade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A depressão é uma doença grave que, se tratada corretamente, tem cura. Cerca de 60% a 80% dos casos podem ser tratados com medicação e psicoterapia em um atendimento primário. Sendo assim, identificar os sintomas da depressão, entre eles a falta de ânimo para viver, sensibilidade e emoções à flor da pele, distúrbios no sono, e entender a seriedade da situação é o primeiro passo para ajudar a pessoa depressiva a reverter essa situação.
São várias as causas da doença, e em muitos casos seu aparecimento está associado a fortes impactos vividos, como perdas, lutos, doenças, conflitos nos relacionamentos, dificuldades ou perdas financeiras.
Por tratar-se de um problema que se agrava aos poucos, é comum que a doença seja diagnosticada em um quadro já avançado, e, às vezes, não sendo tratada com a devida importância. O maior problema é que em apenas 30% dos casos os pacientes recebem um tratamento adequado, e o agravamento da doença pode levar a pessoa portadora ao suicídio.
De acordo com a OMS, de cada 100 pessoas com depressão, 15 delas decidem colocar fim a própria vida. Nesses casos mais extremos, em que ocorrem tentativas de suicídios ou, até mesmo o suicídio, a pessoa diagnosticada não necessariamente deseja por fim à própria vida, mas pedir desesperadamente por socorro, por fim à dor que a consome.
O psiquiatra Vinicius Faria, no Pint of Science Jaboticabal, evento que aconteceu em maio e abordou, entre outros temas, a empatia, frisou a importância de mudar o olhar sobre as doenças mentais, para reverter um quadro que agrava ainda mais o problema: o descaso com este tipo de doença. O Dr. Vinicius mostrou números, verbas destinada a esta área e incitou as pessoas a usarem e abusarem da empatia no sentido de entender a dor do outro, ainda que esta dor não seja física sua importância não é menor.
Para identificar os sintomas é necessário prestar atenção, principalmente, em sintomas como tristeza e angústia contínuas, sentimento de culpa, e disposição para praticar atividades que antes lhe davam prazer. Alguns sintomas físicos também são identificadores da doença, como alterações no sono, no peso, dores de cabeça e até esquecimentos. Além disso, a pessoa com depressão pode começar a executar algumas atividades que lhe proporcione uma fuga do estado depressivo, como desenvolver vícios em bebidas alcoólicas ou outras drogas.
Caso seja identificado algum sintoma, é necessário buscar ajuda profissional, como a Clínica Sayão, que identificará o grau da doença e definirá o tratamento adequado. O tratamento da depressão acontece de forma medicamentosa e interdisciplinar. A medicação é definida de acordo com cada caso, e a eficiência é muito alta, com um tempo de ação a partir de duas a três semanas.
É recomendável também que o paciente pratique atividades físicas, tenha interação social, converse sobre seus problemas com pessoas de confiança e, se necessário, reprograme seus hábitos, buscando sempre manter situações e práticas que proporcionem bem estar e recuperação constante da vontade de viver.
A depressão não tratada pode levar não só ao suicídio, mas à morte por outros motivos: baixa resistência, exposição ao perigo devido à redução da capacidade de racionalizar, etc.

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