Ao longo de 115 anos, ele já mudou de sede, de proprietários, de jornalistas, de formato, de estilo, de cor. Algo, no entanto, nunca mudou: sua credibilidade. O jornal O Combate completa hoje 115 anos de fundação e se sagra como um dos poucos jornais do Estado de São Paulo que permaneceu funcionando durante tanto tempo e que manteve sua linha editorial ética e comprometida com a essência do jornalismo idealizado lá atrás por Hipólito José da Costa, o primeiro editor de um jornal brasileiro, que, por sinal, era editado em Londres e pregava a independência do Brasil.
Carlos Buck (1903 – 1926), Antônio Gonsales Sobrinho (1926 – 1981), Ayres de Campos (1986 – 2002) e Maria Alice de Campos (2002- atualmente) são os “guerreiros” que mantiveram o O Combate vivo e forte, mesmo em épocas de crise econômica, moral e política. E lá se vão 115 anos desde que o visionário Carlos Buck resolveu, em plena chegada da Primavera, lançar um periódico que tinha a proposta, como o próprio nome já diz, de combater o que estivesse de errado na sociedade e de levar informações sérias a seus leitores. Até 1926, Buck continuou à frente do jornal, quando neste mesmo ano o vendeu para o senhor Antonio Gonsales Sobrinho, que manteve o jornal por décadas, conquistando mais respeito, mais leitores e mantendo a credibilidade de sempre.
Em 1981, por motivos de saúde, o senhor Antonio Gonsales teve que parar de publicar o jornal e esta parada deixou um vazio no registro da história da cidade por cinco anos, uma vez que apenas em 1986 o professor Ayres de Campos teve a ousadia de assumir a propriedade do então septuagenário O Combate. E a coragem passou de pai para filha. Maria Alice de Campos mantém um projeto que começou a mais de um século e vai ser perpetuado como o jornal mais longinquo e sério de Jaboticabal. Palmas para quem o faz e para quem o lê! Parabéns, O Combate!