O papel da família na educação infantil

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A psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga disse que “tão importante quanto o papel do professor na educação das crianças é o papel dos pais”. Será que é tão importante ou mais importante o papel dos pais? A pergunta foi direcionada a outra psicopedagoga, a diretora do Colégio Santo André, Viviane Dal Molin Moraes. Ela revelou que o papel dos pais é mais importante do que qualquer um dos membros de nossa sociedade. “Seus ensinamentos e exemplos são a base na qual os filhos constroem seus valores de vida. À escola, cabe trabalhar as competências, habilidades e também os valores para viver em sociedade, ajudando na tarefa de formar cidadãos autônomos e responsáveis, que possam construir um mundo melhor, mais justo e fraterno”, disse.
Viviane ressalta que aos pais cabe a orientação em relação aos verdadeiros valores que devemos ter como cidadãos, vivendo com ética, respeito e sabedoria. “O caminho sempre é a parceria entre família e escola, cabendo à família a escolha de uma escola que esteja de acordo com seus ideais de vida. Não há como acontecer uma relação harmônica, permeada pela confiança e respeito, se as duas instituições [família e escola] têm valores distintos ou conflitantes. Falar de seus sentimentos, se colocar no lugar do outro, numa construção permanente de empatia, valorizando e favorecendo o questionamento, argumentação, diálogo e autonomia são elementos essenciais de uma boa educação que se inicia em casa, mas que também é papel da escola. Portanto o caminho sempre é parceria e confiança”, apontou.
E, afinal de contas, qual caminho seguir para que que as crianças se tornem adultos sadios intelectual e moralmente? A psicopedagoga diz que esta “receita” não existe. “O papel dos pais é fundamental para que tenham filhos felizes e saudáveis, e, neste mundo corrido e cheio de tantos compromissos, é primordial estabelecer prioridades e conseguir criar um ‘tempo saudável’ para uma boa convivência familiar. Saber dizer não e proporcionar aos filhos a vivência de frustrações é muito saudável, pois é importante que cresçam com resiliência e resistência para as ‘intempéries’ da vida que são inevitáveis. Respeitar o limite de cada um, valorizando e incentivando cada passo dado pelos filhos, é essencial para que cresçam com confiança e autoestima”, cita.
Viviane encerra com um conselho: “Viva o presente, não pense em construir currículos com as crianças. Elas precisam brincar e relacionar-se no seu espaço e tempo próprios. Encoraje-as, mas sem exigir a perfeição. E, acima de tudo, confie em você e nos seus filhos, sempre”!

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