População deve continuar economizando água

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A chuva de 8 mm que caiu na madrugada da terça-feira, dia 31 de julho, não foi capaz de mudar o cenário que se vê em Jaboticabal: seca para todos os lados. Gramas mortas, árvores pedindo socorro e o ar carecendo de umidade. A previsão do Tempo divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos Espaciais (INPE) aponta para uma possível chuva hoje, que pode chegar a 25 mm. Mas nem assim o abastecimento de água em toda a cidade deixa de correr riscos, uma vez que os reservatórios estão em baixíssimo nível em função da prolongada estiagem que castigou as lavouras e a saúde da população, sem contar as áreas verdes da cidade.
Para se ter uma ideia, uma chuva fraca é quando a taxa é inferior a cinco milímetros por hora (5mm/h). Chuva moderada é quando a taxa está entre 5 e 25 mm/h. Já chuva forte é quando a taxa está entre 25 e 50 mm/h. Um temporal é quando a taxa é igual ou superior a 50 mm/h.
O Prof. Dr. Glauco de Souza Rolim, do Departamento de Ciências Exatas da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV)/Unesp Jaboticabal, que faz parte do Grupo de Estudos em Agrometeorologia (GAS), disse que em Jaboticabal o ano de 2018 está mais seco que a média histórica, tanto em relação ao período como à intensidade. “O período seco normalmente se inicia em maio/junho. Este ano iniciou já em fevereiro. Normalmente até julho temos, em média, aproximadamente 17 mm de falta de chuva. Neste ano já acumulamos 214 mm”, disse.
O professor Glauco informou que em 2018 as temperaturas estão mais amenas em relação à média histórica e que tudo indica que teremos um período de El Niño devido ao aquecimento, acima da média, das águas do Pacífico, que já está acontecendo agora. Ele apontou, ainda, que meteorologistas do NOAA (o National Oceanic and Atmospheric Administration, uma espécie de instituto “irmão” da NASA e que é referência entre os profissionais desta área) indicam 70% de chance de ocorrência de El Niño até o final do ano. “Para os que têm boa memória, a condição está muito semelhante a 2006.
O longo período de estiagem fez com que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal (Saaej) alerte a população para a necessidade de economizar água. Isso porque o nível de água do Córrego Rico, responsável por abastecer 70% da cidade, diminuiu e não há previsão de chuvas fortes para reverter a situação. A autarquia trabalha para evitar uma crise hídrica e conta com a ajuda da população no uso consciente da água. A preocupação não atinge só o município, mas também todo o Estado de São Paulo, que já decretou situação crítica e necessidade de economia.

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