Raiva: doença pode comprometer o Sistema Nervoso Central

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Agosto foi mês de vacinação contra a raiva e, a exemplo do que está acontecendo com muitas campanhas de vacinação no Brasil, muitas pessoas deixaram de aderir. Neste caso especificamente, foi grande o número de pessoas que não levou seus animais de estimação para vacinar. E o perigo da raiva ronda os meses seguintes.
Muito se fala sobre a raiva, uma doença grave que pode comprometer o Sistema Nervoso Central (SNC), mas dificilmente encontramos pessoas que realmente sabem como ela é transmitida, quais são seus sintomas e como prevenir. Transmitida por meio da saliva de animais infectados, que pode entrar em nosso corpo por mordida ou até mesmo após lambedura de uma lesão já existente na pele, o vírus pode viajar até o cérebro humano, causando inchaço ou inflamação.
“O tempo entre a transmissão e o aparecimento da infecção pela raiva é de, em média, 45 dias. Os principais sintomas são febre, babar em excesso, dor ou sensibilidade exagerada no local da mordida, excitabilidade, perda de sensibilidade ou força em uma área do corpo, espasmos musculares, agitação, ansiedade, dificuldade de engolir e até mesmo convulsões”, explica a Dra. Marianna Lago, infectologista.
Segundo ela, caso uma pessoa seja mordida por um animal desconhecido é importante manter a calma e obter o máximo de informações sobre ele. Isso vai facilitar muito o tratamento. A ferida deve ser limpa com sabão e água e um médico deve ser procurado para que sejam realizadas as medidas necessárias. “Se houver risco de raiva, o paciente receberá uma série de vacinas preventivas”, explica.
As vacinas são aplicadas, geralmente, em cinco doses durante 28 dias. A maioria dos pacientes também recebe um tratamento chamado imunoglobulina humana para raiva (HRIG). “Ele é administrado no dia do acidente, se a probabilidade do animal apresentar raiva for muito alta”, detalha a Dra. Marianna. Mesmo não existindo um tratamento efetivo conhecido para raiva, a vacina antirrábica ainda é a melhor maneira de prevenir o contágio. “E mesmo nessa situação delicada, se possível, entre em contato com o controle de animais para que aquele animal seja capturado de forma segura e caso haja suspeita de raiva, ele possa ficar em observação e receber o tratamento adequado”, aconselha.
Qualquer mamífero pode ser infectado pela raiva, que afeta o sistema nervoso central e pode levar o animal a óbito em apenas alguns dias. Os principais transmissores são animais silvestres como morcegos, gambás e macacos, além de cães, gatos, bovinos, suínos, caprinos, ovinos e equídeos. Nos animais a doença tem um período de incubação que pode variar de 15 dias a dois meses.

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