Cuidados essenciais com a pele dos bebês

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A pele do bebê é macia e sedosa, sem rugas ou outros marcas, mas, ao mesmo tempo, é mais sensível e mais propensa à alergias, brotoejas e outras alterações dermatológicas, o que requer, portanto, mais atenção e cuidado. “Cuidar da pele do bebê é uma tarefa importante e que pode gerar dúvidas, principalmente entre os pais de primeira viagem. Quais produtos devo usar para mantê-la hidratada e livre de assaduras? Posso passar protetor solar? E repelente, é permitido?”, comenta a médica Tatiana Santos Dias Sicca.
Segundo ela, os principais cuidados com a pele do bebê passam pelo banho, banho, sol, hidratação até o uso de repelentes e escolha das roupas. O banho, por exemplo, deve considerar, em primeiro lugar, a temperatura. “Deve ser próxima da temperatura corporal, ou ligeiramente mais baixa, entre 36ºC e 37,5ºC. Em recém-nascidos, os banhos devem ser mais rápidos, durando não mais de cinco minutos. No verão, convém dar mais de um banho na criança, para que ela se refresque. No entanto, recomenda-se usar sabonete apenas uma vez ao dia, pois ele pode retirar a película protetora de gordura da pele. Usar sabonetes neutros e shampoos próprios para crianças, que tenham passado por testes dermatológicos e sejam hipoalergênicos”, explicou a Dra. Tatiana.
A médica adverte que quando o bebê é recém-nascido, ele ainda não pode usar filtro solar, pois sua pele é muito sensível e o produto pode irritá-la. “Portanto, proteja o bebê do sol, usando coberturas nos carrinhos, bonés e roupas de manga, mas procure usar tecidos mais leves no verão. Após os seis meses, entre com o protetor solar”, aconselha.
A médica lembra que o suor pode causar brotoejas e outras alergias na pele da criança, por isso é importante que os pais tomem cuidado para não agasalhar demais o bebê. Os adultos costumam pensar que os bebês sentem mais frio do que o normal, o que é um mito. “Para perceber se a criança está agasalhada demais, o ideal é observá-la. Se o bebê se sente incomodado com a quantidade de roupas e cobertores, ele vai transpirar e pode até chorar. Um bebê inquieto, vermelho, que está transpirando certamente está agasalhado demais”, diz, completando que outro ponto com relação às roupas são as alergias. “A escolha do tecido é muito importante para evitar que a criança desenvolva alergias. Por isso, evite tecidos felpudos que possam acumular pó, como lã, plush, soft e veludo, principalmente no inverno. Tecidos como o algodão, flanela e moletom são mais indicados para os pequenos. Estes tecidos devem ser usados não só nas roupinhas, mas também nos lençóis, fronhas e outras roupas de cama da criança. Higienizá-las com produtos antialérgicos, portanto, é indicado. A roupa dos pais também merece atenção, afinal os bebês entram em contato com esses tecidos quando são colocados no colo”, comentou a médica.
De acordo com a Dra. Tatiana, as assaduras causadas pelo uso de fraldas são uma das principais preocupações dos pais com relação aos cuidados com a pele do bebê. “Para evitá-las, troque as fraldas sempre que estiverem molhadas ou sujas, mesmo que o bebê não esteja reclamando. Quando a pele permanece úmida por muito tempo, torna-se mais suscetível a erupções cutâneas. Limpe o bebê com algodão e água. Sempre que usar sabonete, enxague bem. Além disso, deixe a pele do bebê respirar um pouco antes de substituir a fralda. Também certifique-se de que a pele esteja limpa e completamente seca antes de colocar a fralda. Toalhas umedecidas e sabonetes perfumados aumentam o risco de alergia e podem irritar a pele. Escolha produtos sem álcool e sem perfume ou use apenas água. Se for usar pomadas preventivas de assaduras, prefira as livres de vaselina”, sugeriu.
A médica informa que a pele do bebê tem uma camada fina de gordura natural que a protege da desidratação. No entanto, o clima seco, vento, baixa umidade, ar condicionado, cloro em piscinas e exposição ao sol podem ressecá-la. Sob tais condições, o uso de produtos hidratantes é recomendado e necessário. “Para escolher o hidratante para o bebê, o mais indicado é consultar o pediatra ou dermatologista. Para melhor hidratação, aplique o produto após o banho, depois de enxugar delicadamente a pele do pequeno. Dessa forma, haverá maior retenção de água na pele”.
Segundo ela, repelentes só podem ser usados acima dos seis meses, ou seja, vale a mesma regra do protetor solar. Para proteger o pequeno, basta manter as portas bem vedadas e as janelas fechadas com telas em locais onde há ação de mosquitos. Se estiver calor, refrigere o ambiente com ar condicionado ou ventilador.

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