Bioestimuladores de colágeno: os queridinhos da vez

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Em alta nos consultórios dermatológicos, os bioestimuladores de colágeno são os queridinhos da vez na busca por uma pele viçosa e com menos flacidez. Quem conta a novidade é a médica Tatiana Santos Dias Sicca. Segundo ela, pele com mais firmeza, textura e brilho na medida certa são os maiores desejos da maioria das mulheres e homens quando se sentam na cadeira do dermatologista. “Em resposta, os médicos vêm apostando nos chamados bioestimuladores, ativos que estimulam a produção do colágeno e promovem um efeito rejuvenescedor, com resultado natural e progressivo. Os mais utilizados e aprovados pela Anvisa no Brasil são a hidroxiapatita de cálcio, o ácido polilático e a policaprolactona, mais conhecidos pelos nomes comerciais: Radiesse, Sculptra e Ellansé, respectivamente”, elencou.
A Dra. Tatiana explica que os bioestimuladores, de um modo geral, provocam uma leve reação inflamatória na derme, fazendo com que os fibroblastos (células responsáveis pela produção de colágeno) se ativem e produzam novas fibras que dão sustentação à pele. “Alguns agem também como preenchedores, como é o caso do Ellansé e do Radiesse, que, dependendo da concentração e do número de sessões, dão volume à área tratada”, disse.
A médica explica que a aplicação é semelhante à do ácido hialurônico. “O produto é distribuído em alguns pontos da face com uma cânula, para minimizar a probabilidade de hematomas (roxinhos) e edemas (inchaços). Dá para ir trabalhar no mesmo dia, mas é recomendado não fazer esforço físico nas 24 horas seguintes, já que a área fica sensível e dolorida. São indicadas de uma à três sessões com intervalos de 30 à 60 dias entre uma e outra”, detalhou, lembrando que o estímulo do colágeno acontece por até 18 meses após a aplicação, mas o resultado não é igual para todos.
“Depende da capacidade individual de produzir colágeno, que pode ser influenciada pela idade, tipo de pele e estilo de vida, que inclui tabagismo, exposição solar, alimentação e atividade física, entre outros. Eles auxiliam na recuperação sutil do volume facial, redução das rugas e marcas de expressão e melhora da flacidez das regiões onde foi aplicado. Seus efeitos são graduais e duradouros, pois o organismo continua a produzir o colágeno até 6 meses após o tratamento. O resultado é um rejuvenescimento e uma recuperação natural dos contornos da face e do corpo. Os resultados podem durar até 24 meses”, informou.
A Dra. Tatiana explica que ao estimular o colágeno, o ácido polilático (Sculptra) melhora o contorno facial e corporal e atenua sulcos, rugas e marcas de expressão. “Não é um preenchedor, mas pode resultar em um leve volume, mais natural. No rosto, é indicado para áreas de pouca mobilidade como têmporas, bochechas, mandíbulas, queixo, para dar sustentação, e é contraindicado na região dos olhos e boca. No corpo, trata celulite e flacidez dos braços, coxas, glúteos e abdome. O paciente deve fazer massagens depois da aplicação para evitar micronódulos. Otimiza o resultado de lasers e ultrassons multifocados em protocolos contra a flacidez”, encerrou a especialista.

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