Hospital Veterinário realiza atendimento em animais selvagens

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Somado à estiagem típica do inverno e prolongada nesta primavera, que por si só são propícias à formação de incêndios, as ações de vândalos que colocam fogo nas matas prejudicam não só a saúde humana, mas também a dos animais. Com as folhas, plantações e o tempo seco, as queimadas nessa época do ano são bem comuns na região, e com elas o aparecimento de animais selvagens que precisam de atendimento veterinário. Ao mesmo tempo, no início da primavera, muitas espécies já estão se reproduzindo e cuidando de seus filhotes. Somado à estiagem típica do inverno e prolongada nesta primavera, que por si só são propícias à formação de incêndios, as ações de vândalos que colocam fogo nas matas prejudicam não só a saúde humana, mas também a dos animais. Com as folhas, plantações e o tempo seco, as queimadas nessa época do ano são bem comuns na região, e com elas o aparecimento de animais selvagens que precisam de atendimento veterinário. Ao mesmo tempo, no início da primavera, muitas espécies já estão se reproduzindo e cuidando de seus filhotes. Em muitas espécies, tanto o macho, quanto a fêmea cuidam da prole, aumentando a chance de sobrevida da mesma. Quando uma pessoa encontra um animal selvagem, é sempre importante acionar a Polícia Ambiental, para que se tomem as devidas providencias, pois somente eles e os bombeiros tem autorização para transportar esses animais. Em setembro, o Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” (HV), da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV)/Unesp Jaboticabal, recebeu quatro filhotes de mamíferos  selvagens, oriundos da região. Desses quatro animais, dois foram trazidos pela Polícia Ambiental, órgão responsável em recolher esses tipos de animais, e os outros dois foram achados em canavial ou próximo às áreas de queimadas e trazidos por particulares para o HV. Um desses animais é um filhote de raposa-do-campo, encontrado na beira da rodovia.  O animal passa bem e está sendo tratado adequadamente. O outro é um filhote de lobo-guará, que foi  encontrado no canavial e levado para casa de um particular, onde foi mantido por um aproximadamente um mês e somente depois foi encaminhado para HV, pois repararam que o animal estava ficando agitado e agressivo, mordendo suas próprias patas. Pouco depois que chegou ao HV, o animal veio a óbito. O caso ainda está sendo analisado. A direção da FCAV alerta, portanto, que quando encontrado um animal selvagem machucado ou disperso do seu bando em áreas de risco, a Polícia Ambiental deve ser acionada. Além de ser um crime ambiental portar animais selvagens não legalizados, as pessoas e seus animais de estimação tradicionais estarão expostos a inúmeros riscos de contraírem doenças, podendo até vir a óbito.  A professora do Departamento de Patologia Veterinária e responsável pelos atendimentos de animais selvagens do HV, Karin Werther, explica os riscos que uma pessoa pode correr ao manusear esses animais. “Esses animais podem ser portadores de inúmeras doenças, que apresentam riscos para os seres humanos. Nem sempre os animais acometidos estarão apresentando sintomas clássicos. Por falta de conhecimentos específicos e técnicos, as pessoas cuidam de forma inadequada desses animais, podendo causar doenças, assim como quadros de sub e desnutrição. Vale ressaltar que os animais selvagens podem passar doenças para nossos animais de estimação em casa e vice-versa. Os animais selvagens não são protegidos por vacinas, como nossos animas de estimação tradicionais”, disse a professora. Outro fator que é importante abordar é que nem sempre esses animais selvagens, que estão vagando sozinhos pela mata, estão sozinhos de fato. Muitos deles estão aguardando o retorno dos pais. Ao pegar e retirar esse animal aparentemente abandonado do seu habitat natural, além de poder ter consequências para a saúde, ele vai ser um elo perdido para espécie na natureza. As possibilidades da reintrodução do indivíduo na natureza diminuem, pois o animal não teve o aprendizado dos pais quanto a caçar, fugir, reconhecer perigos, etc.

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