Paixão pela história de Jaboticabal

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Pergunte à maioria dos meninos de 10 anos o que eles estão lendo e eles certamente responderão “estou vendo os vídeos do YouTube”. Em outros casos é possível que a resposta seja “Diário Zumbi do Minecraft” ou “Somos todos extraordinários” e, muito raramente, “Meu pé de laranja lima”. Agora se este menino for Guilherme Henrique Ruar a resposta certamente vai surpreender. Guilherme tem 10 anos (sério! Pergunto a ele várias vezes, em tom de brincadeira, se ele pode mostrar-me a carteira de identidade) e já leu todos os fascículos do projeto “Personagens da História de Jaboticabal”, já leu os livros do historiador Clóvis Capalbo e todos da escritora Zina Bellodi. Entre seus amigos preferidos estão estes já citados, além de Antônio Paschoal André, Dorival Martins de Andrade e Luiz Carlos Beduschi. E não basta ser amigos deste time de peso. Guilherme quer seguir seus passos. “Quando eu tinha oito anos e frequentava a Livraria Acadêmica para comprar material escolar eu ganhei um livro do Clóvis Capalbo. Foi o que me despertou. Na internet achei os livros da Zina, do Dorival e do Beduschi e não parei mais. Na missa de sétimo dia da mãe da Tutti Goes, conheci a Zina. Eu tinha levado na igreja o livro dela para ser autografado. Ela não só autografou como, logo depois, me deu de presente todos os seus livros”, conta o prodígio de 10 anos. Guilherme está no quinto ano na escola palma Travassos e diz que não gosta de esporte, não gosta de literatura infantil e que seus amigos estranham suas preferências literárias. Chegou a pensar em ser padre, mas desistiu da ideia porque agora tem um sonho: ser historiador! Sua trajetória, inclusive, já começou. “O Dorival me convidou para escrever algo no fascículo que vai contar os 100 anos do Estadão. A revisão dos meus textos são feitas pelo André, que também conheci na missa. Agora vou fazer uma árvore genealógica das famílias ‘Tomaz’ e ‘de Campos’ para escrever sua história”, disse, sem tirar os olhos das fotos de Ayres de Campos e Vicência Tomaz de Campos. Vamos então aguardar as obras do nosso futuro historiador mirim.

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