Armas são furtadas no Museu de Jaboticabal

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Já não bastassem os furtos e roubos no Cemitério Municipal de Jaboticabal, que estão amedrontando familiares que costumavam visitar os túmulos de seus parentes, agora mais um local público foi alvo da ação de ladrões. O Museu Histórico “Aloísio de Almeida” foi arrombado na quinta-feira, dia 23, e duas espingardas do século 20 e uma pistola usada na Segunda Guerra Mundial foram furtadas. O Museu estava fechado para revitalização e o furto foi viabilizado depois do arrombamento de uma janela e do cadeado do armário onde estavam guardadas as armas, que eram peças históricas, sem funcionamento.
“Eu acredito que a motivação seja simplesmente o fato de serem armas. Mesmo que não funcionem ou sejam antigas, elas podem impressionar possíveis vítimas”, opinou o diretor de Cultura, José Mário Oliveira. Ele informou que não há uma vigilância específica para o Museu. “Contamos com a ronda feita por vigias patrimoniais, que passam durante a noite e a madrugada”, explicou.
O diretor de Cultura ressalta que a reforma do prédio, que deve iniciar em breve, contempla a instalação de grades reforçadas em todas as janelas do piso térreo, reforço nas portas de ferro, bem como guarda-corpos nas sacadas, dificultando a invasão por esses locais. “A reforma contempla ainda atender todas as normas de segurança para quem trabalha e visita o local. Em uma segunda etapa, incrementará a segurança com câmeras e alarmes”, informou José Mário.
O diretor de Cultura lembra que além do furto das armas, no período em que está à frente do Departamento de Cultura, foram registrados apenas dois furtos, sendo um no qual subtraíram a iluminação externa dos jardins e outro, no qual levaram a placa de bronze do ato inaugural. “Nessa mesma noite em que levaram a placa de bronze, aconteceram vários furtos de objetos de bronze no Centro da cidade, inclusive o busto da biblioteca da Faculdade São Luís”, comenta.
José Mário esclarece que existe uma prática muito comum, incentivada pelas redes sociais, de boatos que alegam que somem coisas no Museu Histórico. “A pessoa visita o Museu, não vê algo que viu quando era criança, há décadas, e corre nas redes sociais dizendo que sumiu. Devido à falta de espaço expositivo, desde 2017 a equipe do Museu vem fazendo o rodízio de objetos, guardando o excedente na Reserva Técnica que não é acessível ao público. Então, muitos objetos ditos como ‘sumidos’ estão apenas guardados. Por exemplo, onde está o Pirarucu doado ao acervo pelo saudoso professor Waldemar Martins? Ou então os discos de vinil de goma laca? Esses e muitos outros objetos estão guardados na Reserva Técnica”, explicou o diretor de Cultura.
Furtos em locais públicos têm se repetido nos últimos anos. A garagem da Prefeitura, bem como as creches e até consultórios médicos em CIAFs, já foram alvo de roubos (assaltos) e furtos. Nem mesmo a ética de não assaltar quem cuida da saúde da população menos favorecida ou o antigo respeito aos mortos têm sido levados em conta pelos ladrões. Até alimentação destinada às crianças já foi furtada de creches de Jaboticabal, causando um enorme prejuízo aos cofres do município, que tem repor a alimentação e arrumar os locais arrombados pelos ladrões. No Cemitério chega a ser “folclórico” meliantes terem roubado um enorme sino da capela sem que ninguém tivesse visto.

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