Minha companhia importa?

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O grupo SobreViver, que foi criado com o propósito de reverenciar o Setembro Amarelo e incorporar a luta contra o suicídio e os transtornos mentais, está tendo um papel fundamental nesta pandemia. Seus psicólogos e psiquiatras têm contribuído com artigos e entrevistas no O Combate, visando dar forças à população para manter-se serena neste momento de crise.
Nesta semana, a psicóloga Joyce Marielle M. dos Santos faz a seguinte pergunta: minha companhia importa? A integrante do SobreViver dá a resposta. “Vivendo esse período de confinamento social verificamos que muitas coisas mudam, principalmente a nossa forma de viver, encarar as situações, as pessoas à nossa volta e a nós mesmos. Somos criados para viver em conjunto, em relações e interações sociais, temos a necessidade de compartilhar com o próximo: sentimentos, pensamentos e momentos”, lembra.
Segundo ela, o isolamento social pode nos deixar fragilizados, sendo capaz de reproduzir respostas físicas e psicológicas. “Mas devemos lembrar que cumprir o isolamento não deve ser encarado como uma punição, mas sim preservação e contribuição à vida. Este é um momento no qual a nossa própria companhia importa, pois o comportamento de ficar só, nos liga diretamente com o nosso interior, pensamentos e emoções. Por este motivo, da mesma forma que buscamos organizar o nosso exterior nesses dias com limpezas e faxinas, devemos fazer isso no interiormente também”, sugere.
Joyce explica que aprender a ressignificar momentos que foram difíceis, desprender de laços que são tóxicos, fazer redescoberta de quem nós somos, surpreender-nos a cada dia, colocar-nos em primeiro lugar, ter amor próprio, auto compaixão e buscar equilíbrio é fundamental não só nesta fase, mas sempre. “Enxergar nosso lado bom e ruim e ser capaz de mudar o que for necessário e respeitar os próprios limites, não olhar para dentro e enxergar-se como um fardo, mas conviver e aprender, fazendo essas práticas como parte da sua rotina um exercício diário. Então não desista!”, aconselha a psicóloga, cujo sorriso, na foto ao lado, é um convite para seguir em frente.

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