Decorar as vitrines de forma atraente ajuda nas vendas de Natal

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Décimo terceiro na conta, época festiva, final de ano e pronto, está formado o clima propício para presentear amigos e familiares. O Natal é uma das datas mais importantes para o comércio varejista e pelas avaliações dos comerciantes ainda é a melhor, por mais que o cenário econômico tenha variado e que os presentes mais caros tenham cedido lugar aos mais acessíveis.
Quando chega novembro, portanto, é hora dos lojistas começarem a preparar o ponto de venda para receber os consumidores envolvidos com o clima natalino. Embora em um percentual inferior a 2017, a Confederação Nacional do Comércio (CNC), estima um crescimento na ordem de 2,3%.
“Para alcançar essa perspectiva, é preciso preparar-se”, garante a arquiteta Cris Paola, de São Paulo, em entrevista ao O Combate. Experiente na execução de projetos de arquitetura de varejo, ela enfatiza a necessidade da atenção redobrada para a organização da loja, treinamento dos funcionários – inclusive os temporários –, preparação do estoque e a vitrine, que é porta de entrada do cliente para verificar os produtos ofertados.
Independente do segmento do seu comércio: moda, alimentício ou tecnologia, por exemplo, uma vitrine chamativa é o início de um diferencial. “É possível fugir do vermelho e verde, consideradas as cores clássicas do Natal. A receita está pautada na criatividade alinhada à identificação do público-alvo e a identidade visual do espaço e da marca. Não adianta, por exemplo, uma paleta de tons fortes se durante todo o ano a loja mantém um estilo clean”, aconselha Cris.
A profissional ressalta que após o impacto da entrada, é possível aumentar as vendas em até 80%. Esse fato acontece, pois dentro da loja, o consumidor pode descobrir outros desejos e decidir pela compra.
A arquiteta selecionou alguns pontos que podem ajudar o lojista, por exemplo, o conceito de vitrine deve envolver e esconder: do lado de fora, o consumidor precisa se sentir atraído, mas ao mesmo tempo, não enxergar o que tem dentro da loja. A estratégia é fazer da vitrine uma caixa de presente, que aguça a imaginação e a curiosidade e quem a vê.
Um dos símbolos natalinos mais fortes, a árvore de Natal pode vir remodelada: com caixas de madeira em seu entorno, os produtos devem ser expostos de forma moderada, haja vista uma vitrine amontada não desperta a curiosidade do cliente.
Outra dica: palavras relacionadas ao espírito natalino, como paz, amor e união, têm a força de conectar o consumidor às sensações que a data transmite. Seu uso colabora na criação de pensamentos e memórias que atraem e impulsionam as vendas.
Como o Brasil não se encaixa no padrão de Natal dos filmes americanos e europeus, que trazem cenas de neve e animais típicos de inverno, a tropicalização é um recurso que conquista empatia. A concepção a vitrine e da loja com símbolos brasileiros pode ser uma tendência para 2018.
Entretanto, Cris Paola sugere parcimônia na produção, principalmente se o foco do negócio não estiver na lista entre os principais itens natalinos para presentear. Com vistas na injeção de dinheiro na economia, por conta do décimo terceiro salário, a profissional reforça o estímulo da criatividade, que não implica em gastar muito. “O primeiro passo é analisar o orçamento e, mesmo em versão reduzida, jamais desconsidere fazer, pois as vendas podem seguir direto para a concorrência”.
No caso de uma loja de peças para a bicicleta, por exemplo, que tal transformar a bicicleta da vitrine em um trenó? A ação rememora a data com humor e, nesse ínterim, o cliente pode lembrar-se de presentear alguém especial com uma bike ou algum acessório.
Cris ainda alerta que a entrada da loja compreende os dois passos anteriores ao seu acesso. Assim, faz-se necessário respeitar a área de pouso do cliente. “Sempre recomendo que o lojista não ofereça nada nesse espaço, pois o consumidor ainda não está conectado com o que é oferecido dentro do negócio”, completa Cris Paola.

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