As flores de plástico não morrem, mas será que valem a pena?

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Os Titãs já cantavam que “as flores de plástico não morrem”, mas a pergunta que não quer calar é “em termos de beleza, na decoração de ambientes, será que plantas artificiais podem mesmo substituir as naturais?”
A tendência que está, crescentemente, ganhado visibilidade no quesito decoração, recebe o nome de urban jungle ou floresta urbana (selva urbana) e promete estar ainda mais presente em diferentes cantinhos da casa, no próximo ano. Atualmente, as pessoas vêm apresentando uma consciência ambiental muito maior do que há alguns anos e, deste modo, estão mais ligados a causas ecológicas e buscam uma maior proximidade com a natureza.
O estilo pode ser adaptado a praticamente todos os cômodos da casa, no entanto, a tendência demanda alguns cuidados como tempo e atenção, visto que, estes são fatores muito importantes para que as plantas possam ser tratadas da maneira correta e sua vida útil seja prolongada.
Mas com a vida corrida está cada vez mais difícil manter jardins internos ou tratar com o merecido cuidado que as plantas requerem. Aí surgem as plantas e flores artificiais para criar um ambiente bonito em casas ou escritórios nos quais os proprietários apreciam o verde, mas não dispõem de tempo suficiente para mantê-lo bonito.
Ou seja, na contramão dos ideais da nova geração que busca se conectar à natureza, está a rotina que é cada dia mais atarefada e faz com que as pessoas tenham pouco tempo para outras atividades. “Para aqueles que têm poucas horas disponíveis para os cuidados necessários, mas fazem questão da presença do verde em casa, usar vasos e objetos decorativos com plantas artificiais é uma alternativa bastante válida”, sugere a empresária Luciana Benucci.
As vegetações sintéticas oferecem uma ornamentação tão expressiva e bonita quanto as naturais, apenas com a diferença de que não precisam ser regadas, permanecer onde haja ventilação, presença de luz ou qualquer outro planejamento necessário no caso das orgânicas.
“Além dos inúmeros arranjos que as plantas artificiais nos proporcionam criar sem qualquer tipo de preocupação, incluir objetos com estampas de folhas nas composições também agregam e fortalecem o contato com a natureza”, explica Luciana. A presença expressiva do verde em casa, mesmo que artificialmente, promove a sensação de bem-estar e pode transformar o lar em um verdadeiro refúgio.
A arquiteta Taís Colletes Borba comenta que acredita muito na transformação de antigos conceitos não só em projetos, mas também na decoração. “O uso de plantas artificiais foi crucificado durante anos, mas hoje se transformou em uma forte tendência na decoração. Concordo com as palavras da Luciana”, disse.
A arquiteta utiliza diversas plantas como o bambu mossô, palmeira ráfia, bromélias, arbustos e suculentas em ambientes residenciais e comerciais. “Com as novas tecnologias, estas plantas ganharam tantos detalhes e texturas que são facilmente confundidas com as verdadeiras. E podem transformar qualquer ambiente trazendo aconchego e harmonia, valorizando a arquitetura e decoração do local. As plantas artificiais devem ser utilizadas com a mesma cautela das naturais. Sem exageros, de forma equilibrada e elegante”, concluiu Taís.

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