Depois de inaugurar nova ETA, Saaej continua com problemas de abastecimento

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No dia do aniversário de Jaboticabal (16/07), o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal (Saaej) inaugurou sua nova Estação de Tratamento de Água (ETA). A obra custou cerca de R$ 7.3 milhões – custeados com recursos próprios do município – e promete aumentar em 30% a capacidade de oferta de água na cidade. A nova ETA é modular e pré-fabricada, e foi projetada para tratar 250 litros por segundo. Sua operação será totalmente automatizada, proporcionando maior precisão e segurança na água fornecida à população.
Trata-se da maior obra de saneamento básico realizada pela autarquia nos últimos 15 anos. Já a antiga ETA, inaugurada em 1962, que atendeu a cidade por 58 anos, será desativada por apresentar graves problemas estruturais, como trincas, afundamento de solo por vazamento, corrosão em suas partes metálicas e casa de química em estado de degradação.
A inauguração aconteceu em menos de um ano depois do alerta feito pelo promotor de Justiça do Estado de São Paulo, Renato Dias de Castro Freitas, em agosto de 2019 – durante reunião com vereadores e representantes do Poder Executivo – de que a então Estação de Tratamento de Água do Saaej poderia romper-se a qualquer momento e afetar o abastecimento de 70% do município.
O problema do abastecimento de água nas partes mais altas de Jaboticabal, no entanto, ainda existe e, inclusive, foi motivo de manifestação popular, na última semana, em frente à Prefeitura de Jaboticabal. Não bastasse este problema, o fato do reservatório de 500 mil litros que fica no Saaej correr risco de cair também tem preocupado o Executivo. O Saaej enfrenta, portanto, transtornos no abastecimento também com problemas com adutoras, com bombas e tubulações. Segundo a Prefeitura, até a descoberta da rachadura e início de vazamento, não havia indícios de que a caixa estava com problemas estruturais. “Para evitar acidentes com nossos funcionários ou na vizinhança, solicitei a interdição de toda a região”, informou o prefeito José Carlos Hori.
Ainda segundo a Prefeitura de Jaboticabal, a água do reservatório suspenso é utilizada para a limpeza de filtros da estação de tratamento e sua interdição, portanto, não terá nenhuma consequência no abastecimento da cidade. Suspeita-se que a inclinação da caixa de água elevada, que tem capacidade para meio milhão de litros e que foi construída na década de 60, teve sua estrutura abalada porque o solo foi cedendo com o passar dos anos, deixando a construção abalada.

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