“Fake news”: o mercado da mentira

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Antigamente, quando líamos algo sabíamos que era verdade. Hoje em dia ficou difícil saber qual informação é verdadeira e qual é falsa. Desvendar este mistério virou trabalho de detetive. As “fake news” ou notícias falsas pululam nas redes sociais e muita gente viraliza a informação sem ao menos checá-la. O prejuízo que esta desinformação traz é enorme e já custou milhões em processos por calúnia, injúria e difamação, bem como já destruiu a integridade de muitas pessoas.
Jornais sem credibilidade e sem profissionais competentes têm o hábito de divulgar boatos, sem fontes respeitáveis, sem checar informações, sem responsabilizar-se pelas consequências funestas que podem provocar. O problema é maior com veículos online, que são criados diariamente e nem sempre são feitos por pessoas capacitadas.
Para especialistas que estudam este fenômeno, a sociedade deve fazer esforço coletivo pela alfabetização digital. A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário, segundo especialistas. Essa “alfabetização” deve contar com esforços de vários setores da sociedade, para evitar que as chamadas fake news tumultuem o debate público. A dificuldade de identificar notícias falsas afeta até países com melhores índices de escolaridade. Uma pesquisa da Universidade de Stanford apontou, em julho deste ano, que estudantes americanos tiveram problema para checar a credibilidade das informações divulgadas na internet. Dentre 7.804 alunos dos ensinos fundamental, médio e superior, 40% não conseguiram detectar fake news.
Para descobrir se o conteúdo que você recebe por Facebook, Twitter ou WhatsApp é verdadeiro e não ser enganado por fake news o site de checagem americano Politifact dá as seguintes dicas: não leia só o título (uma estratégia muito utilizada pelos criadores de conteúdo falso na internet é apelar para títulos bombásticos); verifique o autor (ver quem escreveu determinado texto é importante para dar credibilidade ao que está sendo veiculado); veja se conhece o site (não deixe de olhar a página onde está a notícia. Navegar mais no site ajuda a analisar sua credibilidade); observe se o texto contém erros ortográficos (as reportagens jornalísticas prezam pelo bom vocabulário e pelo uso correto das normas gramaticais); olhe a data de publicação (identifique quando a notícia foi publicada); saia da bolha da rede social (para estar bem informado, o leitor deve ler e acompanhar o noticiário não somente nas redes sociais).

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