Incêndios criminosos e acidentais prejudicam o ar e a lavoura

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O tempo seco já chegou e, com ele, focos de incêndio pipocam pelas regiões mais secas do País. Em Jaboticabal, nas duas últimas semanas, dois grandes incêndios deixaram o ar cheio de fuligem e causaram revolta nas donas de casa. Boa parte da população reclamava que era queima de cana, sem saber, no entanto, que a colheita da cana-de-açúcar é mecanizada há anos e que, portanto, o produtor rural não tem o menor interesse em quaimadas. Ao contrário. Elas são extremamente prejudiciais do ponto de vista ambiental e legal.
A Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Jaboticabal, a Coplana, o Sindicato Rural e a Socicana têm divulgado constantemente a importância de uma operação que chamaram de Corta Fogo. A Socicana, incluisve, voltou a frisar a necessidade de prevenção a possíveis focos de incêndios por meio de uma webinar – uma mesa redonda online, que foi transmitida no dia 17 de junho, e que continua disponível no canal da Socicana no YouTube. O encontro contou com a participação do superintendente da Socicana, Rafael Bordonal Kalaki, das advogadas Elaine Maduro Costa e Marta Santos, da Associação, e da presidente do Conselho da Associação Brasileira de Agronegócios (ABAG/RP), Mônika Bergamaschi.
O superintendente da Socicana intermediou a conversa e apontou tópicos essenciais à discussão, como o fato da conscientização ser um trabalho de longo prazo, que tem sido feito pela Associação, em parceria com a ABAG/RP, com frequência e de várias formas. “Orientamos os produtores para que tenham uma ótima colheita e sua propriedade ou as vizinhas não sejam afetadas com os prejuízos causados por um incêndio”, destacou Rafael.
Mônika lembrou a diferença entre a queima controlada e fogo sem controle. “Em 2014, depois da queima de mais de 50 hectares na Mata de Santa Tereza, a ABAG sentiu a necessidade de uma campanha de queimada para fogo sem controle. Na época, nos reunimos e montamos a campanha de queima controlada, antes da mecanização da lavoura. Em 2017, a resolução 81, da Secretaria de Meio Ambiente, estabeleceu o nexo causal. A atenção está voltada para a prevenção e o combate a incêndios, uma vez que não há mais queimadas. Este ano, já tivemos 813 focos de incêndio e o período mais seco está apenas começando”, apontou Mônika.
Ela informou que a ABAG contratou a Somar Meteorologia, que vai mostrar as áreas mais sujeitas a incêndios. Os mapas serão colocados nos sites da ABAG e dos parceiros, bem como nas redes sociais dos mesmos, além de serem divulgados pela EPTV. “É preciso denunciar pessoas suspeitas nas propriedades”, encerrou.

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