Risco de dengue e demais arboviroses transmitidas pelo aedes aegypti coloca Secretaria Municipal de Saúde em alerta

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Entra ano, sai ano e a situação é a mesma: chega o verão, com seu tempo úmido e quente – ideal para a proliferação de insetos e pragas – e o poder público tem que ficar alerta para a chegada de arboviroses. Falar sobre dengue, pelo visto, não adianta. Vistorias da Prefeitura se deparam com quintais com criadouros, pasme, em casas de pessoas que já tiveram dengue. Nem os sintomas traumáticos da doença fizeram com que várias famílias mudassem os hábitos. Os descuidos mais comumente encontrados: vasilhame de água de animais de estimação com larvas, baldes com água parada e sem produtos químicos, pratos embaixo de plantas acumulando água, bem como depósito de água nos refrigeradores e também caixas de água.
Em apenas 16 dias do ano, Araraquara (SP) já registrou 48 casos de dengue. A Secretaria Municipal de Saúde alerta para uma possível epidemia e pede a colaboração dos moradores para a limpeza de quintais e terrenos.

No ano passado, Araraquara teve 1.050 registros da doença e ficou como a segunda cidade com mais casos de dengue no estado de São Paulo, atrás apenas de Andradina, que teve 1.621 casos. De acordo com a secretária municipal de Saúde de Araraquara, Eliana Honain, em 2017 foram registrados 140 casos, contra 1050 de 2018, um aumento significativo de 650%. Neste ano, o risco de epidemia não é descartado.
Em Jaboticabal, ainda não há registro de casos nestes primeiros dias do ano, mas a secretária municipal de Saúde, Maria Angélica Dias, não descarta o risco. “Temos reunião da Sala da dengue a cada 15 dias, mas percebemos que por mais esforços e informações há ainda quem descuide das ações que eliminam o mosquito transmissor não só da dengue, mas da zika, chikungunya e febre amarela”, explicou Maria Angélica.
A Vigilância de Vetores e Zoonoses atua no combate ao mosquito, mas precisa da ajuda da população. “Não há maneira mais eficiente de eliminar a possibilidade destas arbovirores do que a prevenção. Ou seja, a eliminação dos criadouros é que vai ser realmente efetiva. Para tanto, é fundamental contar com a colaboração da população em não deixar, de forma alguma, água parada em suas residências ou seu local de trabalho. Em pleno século XXI tem gente no Brasil morrendo de febre amarela”, lamenta a secretária. Ela convoca a população para vigiar constantemente os locais onde possa haver água parada e lembra que chuva com calor é o ambiente ideal para o sugimento de criadouros.
Jaboticabal já viveu uma epidemia de dengue e por mais que as pessoas estejam ficando imunes a alguns sorotipos, o problema da proliferação do aedes é o rol de doenças que ele pode transmitir e boa parte delas provoca a morte e não há vacinas. A única solução, ratificamos, é a prevenção.

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