Calvíce feminina é uma das maiores queixas em consultórios dermatológicos

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Alopecia androgenética. O nome é difícil, mas sua queixa está entre as dez mais frequentes nos consultórios dermatológicos em pacientes de 15 a 39 anos. Estamos falando da calvíce feminina, que preocupa as mulheres e que tem sido tema de matérias recentes, em função das pesquisas feitas a este respeito.
De acordo com a médica Tatiana Santos Dias Sicca, a alopécia androgenética é a causa mais comum de alopecia em ambos os sexos. É caracterizada por alteração no ciclo do cabelo levando à miniaturização progressiva dos fios, tornando-os mais finos, curtos e menos pigmentados. “É uma condição que atinge 5% das mulheres. A doença é hereditária e caracterizada pela rarefação dos fios capilares, que vão afinando cada vez mais até pararem de crescer completamente”, explicou a Dra. Tatiana.
A médica comenta que o padrão feminino costuma apresentar-se entre a terceira e a quarta décadas de vida, com progressiva piora após a menopausa. Os primeiros sinais da alopecia androgenética feminina envolvem uma perda difusa do cabelo, com raleamento visível dos fios no topo da cabeça. Muitas vezes, a queda e fraqueza dos fios pode estar associada a outros fatores importantes, como a produção hormonal do organismo.
Algumas queixas são importantes para suspeitarmos de um quadro de alopecia androgenética: histórico familiar do caso; afinamento gradual dos cabelos; mulheres com síndrome do ovário policístico; acne da mulher adulta; irregularidade menstrual; infertilidade; hirsutismo (aumento na quantidade de pelos); seborreia; distúrbios de tireóide e acantose nigricans (manchas escuras).
Outro ponto importante citado pela médica é que a doença não está diretamente ligada a quedas volumosas de cabelo. O fio afina gradualmente até que o folículo atrofia e ele não nasce mais.
Os principais tratamentos para alopécia são por via oral, usando drogas que bloqueiam a ação hormonal nos receptores do couro cabeludo, estimulando o aporte de nutrientes, o crescimento e o espessamento dos fios de cabelo. Além disso, existem outras quatro principais formas de combater os efeitos da doença, conforme explicou a médica. “A intradermoterapia ou mesoterapia (micro injeções de vitaminas e fatores de crescimento diretamente nos folículos pilosos); medicação tópica (xampus e loções de aplicação direta na região afetada); transplante capilar (indicado para os casos mais avançados da doença e nos quadros de alopecia localizadas e não na alopecia difusa); lasers (o laser muda o ciclo de crescimento do pelo, ou seja, faz com que os fios voltem à fase de crescimento). Neste último caso, para melhores resultados, são necessárias seis sessões em intervalos de 15 dias”, explicou a Dra. Tatiana.

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