Dos 545 municípios do estado de São Paulo, 65 estão em estado de alerta por causa da infestação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Os dados são divulgados no site especificamente criado pelo Ministério da Saúde para o combate ao mosquito. Realizado em 3.946 cidades, um levantamento orienta as ações de controle do transmissor. Com a resolução que tornou o LIRAa obrigatório, aumentou em 73% o número de municípios que realizar o levantamento em 2017 em relação a 2016.
O Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) indica 357 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya. Isso significa que mais de 9% das cidades que fizeram o levantamento tinham altos índices de larvas do mosquito. No total, 3.946 cidades de todo o país fizeram o levantamento.
Em Jaboticabal, segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Jaboticabal, foram notificados apenas 22 casos de dengue desde janeiro de 2017.
Além das cidades em situação de risco, o LIRAa identificou 1.139 municípios em alerta, com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e 2.450 municípios com índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada.
Vacina contra a dengue
A vacina contra a dengue é vendida pela rede particular com valores de R$ 260 e R$ 290 e deve ser aplicada em quem já teve a doença. O jaboticabalense Maurício Lacerda Nogueira, chefe do Laboratório de Virologia da Famerp, esclarece que a recomendação se aplica à vacina do laboratório Sanofi. “Os dados que a indústria utilizou para tomar essa decisão ainda não foram divulgados, até entrei em contato com o fabricante mas não foi esclarecido. É importante salientar que essa recomendação é referente à vacina da Sanofi e não afeta as vacinas do Instituto Butantan e da Takeda, que estão em fase de testes”, disse. O médico coordena em Rio Preto os testes da vacina contra dengue produzida pelo Instituto Butantan. Ele afirma ainda que a vacina “da Sanofi usa vírus da vacina da febre amarela quinérica com o vírus da dengue, enquanto que a vacina do Butantã é vírus da dengue que sofreu uma mutação induzida”, encerrou.