Manifestação em defesa da segurança e do respeito às mulheres

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Mais de 300 manifestantes, em sua grande maioria mulheres, reuniram-se na portaria 2 do campus da Unesp Jaboticabal e seguiram caminhando pacificamente até o Prédio Central para reivindicar atenção para um problema que vem assustadoramente acontecendo com estudantes não só em Jaboticabal, mas em todo o Brasil: a violência contra a mulher. A manifestação aconteceu na tarde da terça-feira desta semana, dia 4.
“Nós queremos dar um basta na violência contra a mulher, quer seja ela física, verbal, moral, assédio, coerção, enfim, todos os tipos de violência, independente de acontecer dentro ou fora do campus. Vamos criar um órgão com representação junto à Direção para acolher as vítimas de qualquer tipo de agressão. Esperamos que a Direção da Unesp nos escute e nos dê assistência para que a violência não seja tratada como algo normal e as consequências destes atos não seja banalizada. As alunas querem ir em festas em paz, ter relacionamentos em paz e dormir tranquilas”, explicou Natália Sartesqui.
Marina de Almeida Nogueira contou que o que motivou esta manifestação foi um estopim: a violência contra uma estudante, que foi agredida e teve que mudar de faculdade em função das agressões do ex-namorado, que ficou impune e no dia da manifestação ainda foi visto em uma foto postada numa festa, como se nada tivesse acontecido. “A gente não quer que uma aluna precise trocar de faculdade em função da violência. Isto não aconteceu só com ela e muitas mulheres não conhecem os seus direitos e outras não têm coragem de denunciar. Estas pessoas precisam de apoio”, disse.
O diretor da FCAV – Unesp Jaboticabal, Pedro Luís da Costa Aguiar Alves, recebeu os manifestantes e parabenizou o movimento. “Este momento é muito válido. Hoje isto foi discutido na Congregação. Vamos criar um órgão de acolhimento aos alunos. Ele existe na USP e será montado aqui. Terá representação discente, docente e dos servidores e vai acolher pessoas que tiverem problemas com qualquer tipo de assédio, agressão, discriminação. Os fatos devem ser denunciados à Ouvidoria. Se o fato merecer, vale a pena fazer até um boletim de ocorrência”, sugeriu o diretor, garantindo que a manifestação não será em vão.

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