Nova moda: consumo sustentável

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Há algum tempo todo mundo já está ouvindo falar de sustentabilidade, mas quando o assunto é moda este tema nunca esteve tão presente. O mundo está mudando e é impossível ignorar que o nosso planeta está cada vez mais soterrado pelo excesso. O desperdício é tanto que a cultura do consumo está mudando aos poucos e a moda têm percebido essa mudança, afinal é um dos mercados mais conhecidos pelos acúmulos.
O momento, então, é de pensar em ter um guarda-roupa sustentável. Mas por onde começar? Investir em uma moda sustentável significa começar pensando, primeiro, em apoiar marcas que tenham uma visão amigável do meio ambiente. Ou seja, que se preocupam tanto com a origem dos materiais que usam, quanto com a mão de obra que confecciona as suas roupas (afinal, conhecemos muitos casos de marcas envolvidas com o trabalho escravo e condições de produção sub-humanas).
Outra maneira de tornar-se uma consumidora sustentável e não uma consumista sem consciência é aderir às novas formas de adquirir roupas: as trocas com amigas e as compras em bazares são opções que tem atraído cada vez mais adeptos. Os brechós de Instagram também já viraram uma sensação entre as mulheres, mas existem inúmeros brechós pelas cidades que você pode conhecer e procurar por roupas que vão colaborar para um guarda-roupa consciente.
É hora, portanto, de deixar de lado esse tabu com ‘roupas antigas’ e abrir a mente para a ideia de encontrar verdadeiros achados de moda em brechós de bairro e até aqueles de Igreja, criados para arrecadar fundos.
Tatiana Fernandes Rezende é estudante de arquitetura em São Paulo e a vivência com colegas que aderem ao consumo sustentável a influenciou a não só aderir também, mas a criar um bazar anual, no qual arrecada roupas das amigas e das mães das amigas, bem como também das amigas da sua mãe, a psicóloga Cláudia Rezende, e promove um momento que une vendas e caridade. Isto porque toda a verba arrecadada com o “Mania de Brechó” é doada para uma instituição.
Tati consegue, com esta ação, criar vários momentos deliciosos: agrupa as amigas de Jaboticabal em torno da boa ação, oferece peças descoladíssimas a preços super convidativos e, acima de tudo, mostra o quanto esta onda de consumo sustentável pode também ser útil.
Mesmo quando a intenção não é fazer caridade, a oferta de roupas usadas, em ótimo estado, ganha adeptos em todos os lugares. Em Jaboticabal a professora Carolina Urbinati está fazendo sucesso com o Garimpos da Carol. Bom para quem cede as roupas para Carol vender. Bom para quem compra as roupas com um valor super convidativo. E bom para Carolina, que ganha sua porcentagem por ser a gestora da negociação, além de ser a responsável pelo marketing.
Funciona assim: você não está usando mais alguma peça que está em ótimo estado. Leva para Carol! Ela fotografa, faz a propaganda e uma vez vendida, o valor fica para a ex-dona e a idealizadora, que procedeu toda a comercialização. Está todo mundo adorando. Uma comercialização na qual todos saem ganhando e, o que é melhor, sem gastar muito você está sempre de roupa nova!

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