Obesidade em crianças: um problema que pode ser evitado

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Bebês nascidos com alto peso são mais propensos a se tornarem obesos quando crianças. Isto é o que sugere um novo estudo da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia. Os pesquisadores recomendam que os pediatras aconselhem os pais de bebês que nascem muitos pesados, desde o início, a prevenir o aparecimento da obesidade e os problemas de saúde que ela eventualmente traz.
O estudo analisou dados de 10.186 crianças em todo o país, tanto as nascidas a termo, quanto aquelas nascidas prematuramente. As crianças com alto peso ao nascer, a termo, eram mais propensas a serem obesas já no jardim de infância do que suas contrapartes de peso médio. Um achado semelhante se manteve verdadeiro nas crianças nascidas prematuramente, com a obesidade começando na primeira série.
“As crianças que nascem com maior peso parecem estar em risco desde cedo. Essas crianças podem se beneficiar da atenção e cuidado precoces”, explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski.
Os pesquisadores determinaram que crianças com um grande peso ao nascer (acima de 4.54 quilos, a termo) eram 69% mais propensas do que crianças nascidas com peso médio a serem obesas, no jardim de infância, e continuar com muito peso, pelo menos, até a segunda série.
Na segunda série, a última série examinada, 23,1% das crianças nascidas com alto peso eram obesas. Em comparação, as crianças nascidas com o peso esperado tiveram uma taxa de obesidade de apenas 14,2% no segundo ano.
Dos prematuros nascidos com alto peso para a idade gestacional, 27,8% eram obesos na segunda série. Aqueles nascidos com o peso esperado tiveram uma taxa de obesidade de apenas 14,2%. Aqueles nascidos abaixo do peso esperado tiveram uma taxa de obesidade de 28%.
O estudo encontrou essas relações, apesar do ajuste para fatores como o status socioeconômico, mas não olhou para outros fatores que contribuem para a obesidade infantil. “Os pesquisadores sugeriram que os pediatras podem dar atenção especial aos pais de bebês com alto peso ao nascer, possivelmente aconselhando-os sobre hábitos de vida que podem prevenir o ganho de peso desde tenra idade, como aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, reduzir o tempo na frente da televisão, estimular a atividade física e evitar bebidas açucaradas e sucos. Os dados podem ajudar as famílias a tomarem decisões saudáveis ??sobre o estilo de vida de seus filhos para evitar problemas de peso posteriores”, afirma o Dr. Chencinski.
O Dr. Renato Zorzo, pediatra e nutrólogo de Ribeirão Preto, destaca que o risco que a criança que nasce acima do peso desenvolver obesidade mais tarde procede, mas que é preciso avaliar uma outra face desta história: a criança que nasce abaixo do peso. “O bebê que nasce abaixo do peso , ou seja, pequeno para a idade gestacional, também tem risco de obesidade. Ele sofreu um processo de retardo de crescimento intrauterino e aprendeu a sobreviver com pouca comida por várias situações e o metabolismo dele aprendeu a conviver com isto. Quando ele tem acesso ao leite materno em abundância e , em seguida, papinha sem limite, ele acaba aproveitando muito este alimento e pode desenvolver obesidade também”, alerta o Dr. Zorzo, lembrando que quando

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