Vontade de comer não é fome!

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Muitas pessoas já sabem disto, mas tem um grande número que ainda iniste em dizer que só come porque tem fome! Será que a saciedade nunca vem? Se exceder na quantidade de comida e de bebida pode provocar um prazer enorme, por outro lado, traz consequências não tão agradáveis à saúde e bem-estar do nosso corpo, como o sobrepeso, obesidade e até a bulimia. Mas por que será que é tão difícil dizer não às tentações gastronômicas da geladeira, das padarias, restaurantes, supermercados e das ruas? Segundo o nutrólogo Máximo Asinelli, nutrólogo, a gula é de origem emocional, desencadeada principalmente por decepções. “É como se a pessoa descontasse a sua frustração nos alimentos”, explica o nutrólogo. No caso da anorexia e bulimia, a gula pode ser responsável por desencadear os dois problemas, já que nesses casos o paciente passa a estabelecer uma relação deturpada com os alimentos em função de aspectos emocionais. “Ambas podem se manifestar quando a pessoa engorda demais em razão desta gulodice e para de comer ou rejeita os alimentos numa tentativa de perder peso”, pontua o especialista. “Fome é quando o corpo precisa do alimento para manter suas funções vitais. Gula é aquela vontade incontrolável de devorar um bombom ou comer um croissant, mesmo estando de barriga cheia”, ressalta. Esses deslizes, quando frequentes, têm o poder de atrasar o emagrecimento. Quando o indivíduo come, o cérebro recebe uma carga de dopamina, hormônio responsável pelo prazer. “Ao olhar o alimento, fica com vontade de degustá-lo, porque o cérebro se lembra do prazer que sente quando esta comida é consumida e aparece a vontade de comer determinado prato”, finaliza Asinelli. A nutricionista Daniela Ricardi concorda com o nutrólogo. “Ele diferencia a fome fisiológica (necessidade do organismo) com a vontade de comer (relacionada com sentimentos, ansiedade) como se a pessoa quisesse enganar algum sentimento com a alimentação, pois o alimento é uma fonte de prazer responsável por aumentar neurotransmissores do prazer (dopamina e serotonina). O)u seja, as pessoas acabam comendo para ter esse bem estar, mais esses níveis abaixam rápido, o que  leva a pessoa a comer mais depois”, explica a nutricionista. Daniela orienta as pessoas, portanto, a não cairem nesta armadilha. “Tem que ficar atenta e saber identificar se é fome ou vontade emocional, tentar policiar-se e comer da melhor forma possível”, sugere a nutricionista. Uma dica é sempre fazer a seguinte pergunta antes de devorar um alimento, mesmo sem estar com fome: “que sentimentos estão por trás deste rompante?” e também “esta satisfação momentânea vai suprir minha carência?”. Ou seja, antes de correr e colocar o alimento na pouca, a dica é parar, reespirar fundo e pensar se realmente vale a pena. Normalmente a resposta é não!                      (Renata Massafera)

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